Matheus Brum
01/07/22 |
Olá, camaradas! Espero que estejam todos bem. No texto desta semana quero refletir sobre o papel do treinador de futebol com base em um caso que deu muito bafafá nas redes sociais.
Na partida contra o Tolima, pela ida das oitavas de final da Copa Libertadores da América, o técnico do Flamengo, Dorival Júnior, optou por colocar Diego Ribas no time titular. O camisa 10 da Gávea começou jogando apenas quatro vezes ao longo da temporada.
Além deste ponto destacado, Diego não vem entrando bem. Normalmente, após sua entrada, o meio-campo do Flamengo “some” no seu setor. Se entra em função mais ofensiva, o time perde organização. Se entra em função defensiva, a equipe deixa espaços.
Diante de atuações ruins, o jogador é contestado pela torcida. Só que, mesmo com este cenário, Dorival optou por escalar Diego Ribas. O resultado foi um jogador que não foi bem, como de costume, deixando o time exposto, já que entrou na função de primeiro volante. Não ajudava na marcação, nem fazia bem a saída de bola.
A escolha de Ribas, baseado em informações divulgadas na imprensa que cobre o dia a dia do Flamengo, foi simples: Dorival não queria mexer no desenho tático da equipe. Desde que chegou ao Ninho do Urubu, escala três volantes. Com base neste histórico, te pergunto leitor(a): vale a pena colocar um jogador questionado apenas para manter o esquema? A resposta, para mim, é não.
Dorival Júnior não tem um esquema próprio no Flamengo. Chegou no meio da temporada, encarou uma rotina de dois jogos por semana e pouco teve tempo para treinar, segundo palavras do próprio treinador. Ou seja, essa história de “manter o desenho tático” é questionável. Segundo que o Flamengo é uma equipe acostumada a jogar com dois volantes. Ou, em alguns casos, apenas um. A entrada de mais um atacante, ou meia, não mudaria o estilo de jogo do time.
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Ao forçar a entrada de um jogador que não vem bem, Dorival colocou em risco toda a equipe do Flamengo. Até porque, a função de Diego era primordial: fazer a saída de bola e ser o homem que evita que os atacantes adversários cheguem aos zagueiros rubro-negros. O que se viu em campo foi um time que errou diversas saídas de bola. Por milagre, e falta de capacidade técnica, o Tolima não arrancou um empate, ou até mesmo uma vitória.
Nestes tempos em que os treinadores têm muito espaço na mídia, e a responsabilidade dos resultados caem em suas costas, é importante destacarmos algumas reflexões que podem pautar a imprensa e até mesmo os torcedores. Diante de tudo isso, o que acha? Dorival acertou, ou, como eu, optaria por outra escolha?
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