Matheus Brum
21/09/22 |
Olá, companheiros e companheiras. Espero que estejam bem. Sempre um prazer usar esse espaço. Dessa vez será para falar sobre a Seleção Brasileira, que sob comando de Tite vai disputar os dois últimos amistosos, contra Gana e Tunísia, antes da Copa do Mundo.
Há muita expectativa sobre o ataque que Tite irá colocar em campo. Afinal de contas, Pedro, atacante do Flamengo, foi chamado. E a presença de um camisa 9 fixo muda as características de jogo do Brasil. O treinador já disse que Neymar não jogará de ponta. Logo, Neymar e Pedro atuarão juntos? Ou será apenas em momentos específicos do jogo, com o craque do PSG por dentro, na armação das jogadas?
Dúvidas à parte, algo temos que concordar: nossos atacantes atravessam uma grande fase. Além de Pedro e Neymar, temos Vinícius Júnior, Rodrygo e Gabriel Jesus empilhando gols e assistências. Roberto Firmino voltou a se destacar no Liverpool, Antony começa uma trajetória no Manchester United e Raphinha vai se adaptando ao Barcelona.
Ter essa quantidade de jogadores em grande fase nos faz ter a esperança de uma Seleção Brasileira vistosa, como diz a “regra popular” sobre o que deve ser o selecionado brasileiro. Muita gente torce o nariz para o Tite – muitas vezes por puro clubismo – mas ele mostrou que pode fazer times bem agradáveis de se ver jogar.
+ Conheça o canal Tática Didática e acompanhe seu conteúdo!
Isso quer dizer que veremos uma Seleção plástica em campo? Não dá para cravar. A preparação para a Copa do Mundo será de apenas 10 dias. O Mundial será o mais curto desde que foi adotado o modelo de 32 seleções. Ou seja, haverá uma dificuldade natural no entrosamento. Por isso Tite convoca quem está acostumado com a Seleção. Esse grupo, junto há anos, já consegue jogar mais solto, pois atuam em conjunto há mais tempo.
E no meio dessa história toda temos uma disputa pela sucessão de Tite. E essa pergunta não quer calar: quem será o próximo treinador? Difícil cravar. Tudo, obviamente, vai depender do desempenho brasileiro no Catar. No futebol brasileiro nada é definitivo, e temos um histórico que comprova essa situação.
+ Veja mais sobre o nosso curso Treinadores na Prática aqui!
No entanto, vale a reflexão: os nomes, brasileiros, mais cotados são: Fernando Diniz e Cuca. Dois estilos completamente diferentes de enxergar o futebol e de treinar as equipes. Dois técnicos com personalidades opostas na condução do elenco e do relacionamento interno.
Ou seja, e aí vem a pergunta para refletirmos: Se Tite entregar um futebol vistoso e perder, quem será o treinador? Se Tite entregar um futebol não tão plástico, mas ganhar, quem será o escolhido? E se Tite entregar um futebol bonito e o hexacampeonato? E se tudo der errado: não tivermos futebol agradável e resultado, o que ocorrerá?
Bom, dado o histórico, a sucessão de Tite dependerá exclusivamente da forma como a Seleção se portar no Catar. E isso diz muito sobre o profissionalismo que temos no futebol nacional.
*Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Quero ser um colunista FI